Aulas de idiomas para seus colaboradores – Uma decisão estratégica

Sabemos que empresas com olhar mais atento para o mercado estão revendo suas políticas de contratação, retenção de talentos e investimentos em T&D, a partir de um viés cada vez mais estratégico. Isso porque o RH vem atuando como um parceiro de negócios dentro das corporações e não mais como um centro burocrático.

Pela oferta de dados e análises reais, o papel do RH vem se tornando cada vez mais importante na tomada de decisões e definição de ações, uma vez que as empresas precisam cada vez mais estabelecer e consolidar políticas de contratação e de retenção de talentos que visem crescimento, rentabilidade e sucesso. Nas maiores corporações o RH é “cobrado” por isso através de métricas, metas e objetivos claros.

Atendendo a este viés estratégico, neste artigo você terá oportunidade de perceber que falar outro idioma no ambiente empresarial, especialmente o inglês, já não é mais uma questão cultural, mas de desenvolvimento de competências para comunicação num sentido amplo.

Para a empresa, trata-se de ter colaboradores suficientemente seguros para atuar em seu nome, atender demandas e tomar decisões de forma globalizada.

Para o colaborador, uma questão de estar ou não capacitado para atender as novas necessidades do mercado e assumir melhores posições dentro das organizações.

Acompanhe:



Treinamento e Desenvolvimento – Uma via de mão dupla?

A princípio, investir no desenvolvimento e fortalecimento de habilidades para os colaboradores é investir na própria organização. Quando o corpo de trabalhadores cresce de forma qualificada, a empresa também cresce e a melhor forma de avançar nesta estratégia é aliar o desenvolvimento de competências técnicas - “hard skills”, com o de habilidades sócio emocionais – “soft skills”.

Isso nem sempre acontece. Muitas empresas contam com uma equipe de trabalho tecnicamente qualificada, mas carentes de habilidades necessárias para o êxito de suas atividades. É de responsabilidade da empresa proporcionar oportunidades para que o colaborador desenvolva as habilidades que são esperadas para boa condução de sua posição?

Diante de alguns empasses, e da urgência por resultados, de fato, programas de treinamento e desenvolvimento (T&D) estão sendo revisitados por gestores e profissionais de RH, priorizando e elencando investimentos que remontem ao desenvolvimento de habilidades estratégicas para boa condução dos negócios, corrigindo assim, possíveis “gaps” curriculares de seus colaboradores.

Antes de louvar ou criticar tal posição, é preciso lembrar que empresas são formadas por pessoas e para pessoas. Ao lado da liderança, é o talento e a dedicação de seus colaboradores que fazem o negócio crescer.

Desta forma, um grande número das vagas de trabalho atualmente gira em torno de habilidades técnicas específicas, comumente relacionadas à área de tecnologia, mas também enfatizam a importância das habilidades interpessoais.

São elas:

◾ Pensamento crítico (compreensão e análise de dados, fatos e pessoas)

Motivação (combustível interno)

Comunicação (ampla, com pares, gestores, equipes, clientes e fornecedores)

◾ Criatividade (capacidade de encontrar soluções)

◾ Empatia (como parte da comunicação e entrosamento entre “stakeholders”)

◾ Capacidade para resolver conflitos (visão ampla, análise crítica e segurança)

◾ Orientação para resultados (conhecimento do negócio e direcionamento de esforços para cumprir objetivos e metas da empresa)

◾Trabalho em equipe e persuasão (abertura e comunicação).

Fica claro que as chamadas “soft skils” estão ligadas direta ou indiretamente às questões de comunicação e de inteligência emocional. Portanto, além das “hard skills” (habilidades técnicas para operar o trabalho e conhecimento profundo da área), é fundamental que o colaborador saiba ouvir, discernir, selecionar e criticar informações, estabelecer empatia, boa comunicação, e relacionamento para o bom desempenho das suas atividades.



Falar outro idioma, especialmente o inglês, não é mais uma questão cultural e sim de comunicação.

Colaboradores que se sentem confortáveis e confiantes em falar inglês ou outro idioma comum à corporação são capazes de se comunicar melhor, identificar caminhos e soluções com mais facilidade e criar novas oportunidades de negócios, simplesmente porque se comunicam de forma eficaz tanto na escuta como na fala.

Seguindo esta linha de raciocínio, e considerando o conhecimento em outro idioma uma habilidade técnica, encontramos um campo em comum entre o “hard” e o soft “skill”. No primeiro, uma ferramenta para o conhecimento com aplicação técnica, no segundo, uma ferramenta de comunicação.



O que diz o mercado:

Segundo pesquisa dirigida pela consultoria FRST Falconi, na qual líderes de 50 empresas com destaque nacional foram consultados, ao serem questionados sobre o “quão importante é o desenvolvimento das “human skills” no processo de aprimoramento dos profissionais da empresa”, numa escala de 1 a 10, onde 1 significa “nada importante” e 10, “extremamente importante”, 68% dos respondentes atribuíram nota 10, sendo a nota média de 9,46.

Ainda pelo levantamento:

86% concordam com a frase “prefiro desenvolver certas habilidades nos profissionais que já trabalham comigo do que contratar novos”.

78% concordam que “as habilidades exigidas pelo mercado hoje são totalmente diferentes das exigidas há 10 anos atrás”.

72% concordam que “a minha empresa incentiva ao máximo seus colaboradores a desenvolverem as ”human skills”.



Inserir cursos de idiomas na trilha de conhecimento de seus colaboradores é, na verdade, fortalecer a comunicação para impulsionar a empresa no caminho do sucesso.



Sidnei Agostinetti CEO e fundador da Synonym Escola de Idiomas

synonym.com.br| atendimento@synonym.com.br

Fonte de pesquisa: “Futuro do Trabalho Panorama Brasil"- FRST Falconi.